A ciência do perdão, indispensável ao equilíbrio, começa na compreensão e na bondade, perante os diminutos pesares do mundo íntimo.
Consiste em desculpar todos os prejuízos e desvantagens, insultos e desconsiderações maiores que nos atinjam.
Mas, também, em suportar com paciência e esquecer completamente, mesmo nos comentários mais simples, todas as pequeninas injustiças do cotidiano, como sejam:
A observação maliciosa ou nota pejorativa;
O gesto áspero ou a voz agressiva;
A palavra impensada ou o sorriso irónico;
A indiscrição comprometedora;
O conceito deprimente ou a acusação injusta;
A exigência descabida ou o recado impiedoso;
A omissão injustificável ou a desfeita;
O comentário maledicente ou o menosprezo;
A preterição sob qualquer aspecto...
Não nos iludamos em matéria de indulgência.
Todos somos suscetíveis de erro. Exercitando-nos a relevar as indelicadezas pequenas, aprendemos a perdoar os grandes agravos.
Chico Xavier
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